Suinocultura: USDA divulgou novo relatório com atualizações nos dados da China
Recentemente o USDA divulgou relatório do setor carnes com algumas mudanças importantes nos dados da China.
Suinocultura: USDA divulgou novo relatório com atualizações nos dados da China
Recentemente o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou relatório do setor carnes a nível global e houve algumas mudanças importantes nos dados da China.
O grande ponto é que a China continuará com grande oferta e isso em um ambiente econômico difícil em todo 2024, impactando consumo e isto deve resultar em pouca avidez nas importações, cenário que impedirá um grande ajuste da disponibilidade doméstica brasileira neste ano.
O Brasil precisará ampliar ainda mais as vendas para outros mercados para tal objetivo.
A carne suína brasileira conta com preço bastante atrativo, o que deve ajudar nas vendas, mas os EUA serão um grande concorrente no decorrer do ano, o que pode barrar expansões contundentes.
Voltando para China, o USDA apontou a produção de carne suína em 2024 em 55,95 milhões de toneladas, queda de 3,43% em relação às 57,94 milhões de toneladas do ano passado, contudo, houve um ajuste positivo de 750 mil toneladas em relação a estimativa de janeiro.
A produção este ano cairá, mas a oferta interna carregada do ano passado para cá era elevada, pesando sobre toda cadeia. A China conta com grande quantidade de carne congelada em estoques estatais e em algum momento será disponibilizado no mercado.
O consumo no país é fator complicador, com a confiança das famílias reduzida diante das incertezas da economia. Há grande crise no setor da imobiliário do país, que pode gerar outras crises internas e desacelerações da atividade.
O governo chinês vem ampliando pacotes de estímulos, como no mercado de crédito, mas tais medidas levam tempo para surtir os efeitos desejados. O USDA apontou o consumo chinês em 57,725 milhões de toneladas, redução de 3,37% em relação às 59,741 milhões de toneladas de 2023.
Dado os números de produção e consumo, a necessidade de importações em relação ao ano passado não avançou, além disso, o USDA ajustou significativamente para baixo a estimativa que vinha de janeiro.
Para este ano o departamento apontou a importação de carne suína pela China em 1,875 milhão de toneladas, queda de 1,16% se comparado às 1,897 milhão de toneladas de 2023. Em janeiro o USDA tinha apontado 2,250 milhões de toneladas para 2024.
Para o rebanho de suínos da China no final de 2024, o USDA apontou 416 milhões de cabeças, redução de 4,20% em relação ao final de 2023, que ficou em 434,22 milhões de cabeças. O rebanho de matrizes no início de 2024 foi estimado em 41,2 milhões de cabeças, mesmo número reportado em janeiro.
O governo chinês reduziu a meta de matrizes do país para 39 milhões de cabeças, o que tende a ser atingido ao longo dos próximos meses.
Os dados levam a crer que o mercado chinês estará mais ajustado em 2025, com rebanho e produção mais enxutos, com possível quadro econômico mais favorável.
Em 2025, os preços devem alcançar patamares mais saudáveis, podendo estimular um pouco as importações.
Mas, um ponto a ser analisado é que mesmo com um rebanho de matrizes menor, a produtividade chinesa cresceu se comparada a alguns anos, com avanço da profissionalização, resultado de investimentos suntuosos ocorridos desde a crise gerada pela peste suína africana entre 2018/2019.
Assim, as importações podem até avançar no próximo ano, mas não de maneira explosiva.
Suinocultura: USDA divulgou novo relatório com atualizações nos dados da China
Inscreva-se agora para a revista técnica de suinocultura
AUTORES
Principais doenças entéricas em suínos nas fases de creche e terminação
Keila Catarina Prior Lauren Ventura Parisotto Marcos Antônio Zanella Morés Marina Paula Lorenzett Suzana Satomi KuchiishiInsensibilização de suínos: os diferentes métodos e suas particularidades
Luana Torres da RochaComo a via êntero-mamária nas matrizes suínas modula a microbiota dos leitões?
Pedro Henrique Pereira Roberta Pinheiro dos Santos Vinícius de Souza Cantarelli Ygor Henrique de PaulaUso do sorgo na alimentação de suínos
Ana Paula L. Brustolini Ednilson F. Araujo Fabiano B.S. Araujo Gabriel C. Rocha Maykelly S. GomesFornecimento de ninho: muito além do atendimento à instrução normativa
Bruno Bracco Donatelli Muro César Augusto Pospissil Garbossa Marcos Vinicius Batista Nicolino Matheus Saliba Monteiro Roberta Yukari HoshinoFunção ovariana: Estabelecendo a vida reprodutiva da fêmea suína – Parte II
Dayanne Kelly Oliveira Pires Fernanda Radicchi Campos Lobato de Almeida Isadora Maria Sátiro de Oliveira João Vitor Lopes Ferreira José Andrés Nivia Riveros Luisa Ladeia Ledo Stephanny Rodrigues RainhaVacinas autógenas na suinocultura – Parte II
Ana Paula Bastos Luizinho Caron Vanessa HaachDanBred Brasil: novo salto em melhoramento genético aumenta desempenho produtivo e eficiência na suinocultura brasileira
Geraldo ShukuriPerformance de suínos em crescimento e terminação com uso de aditivo fitobiótico-prebiótico
Equipe técnica VetancoSIAVS: ponto de encontro da proteína animal para o mundo
O uso do creep feeding e o desafio de se criar leitões saudáveis e produtivos
Felipe Norberto Alves FerreiraAlimentando o futuro das produções animais, Biochem apresenta soluções inovadoras para uma nutrição de precisão
Equipe Técnica Biochem Brasil