Afinal, o que é poluição histórica, e como isso afeta o resultado produtivo?
A poluição histórica impacta a produção animal, reduzindo desempenho, aumentando riscos sanitários e exigindo protocolos eficazes de limpeza e desinfecção.
Afinal, o que é poluição histórica, e como isso afeta o resultado produtivo?
Após cada ronda, a habitação precisa de ser limpa e desinfectada para remover a poluição orgânica e inorgânica. A poluição estática é o que resta após uma lavagem negligenciada ou após o uso de um detergente de baixa qualidade.
Por exemplo, se durante a limpeza apenas 99% da poluição for removida, o 1% restante é o que chamamos de poluição estática. Quando estático, a poluição se acumula rodada após rodada, e múltiplas camadas de poluição formam umas sobre as outras. Esse acúmulo é o que chamamos de poluição histórica.
Assim, essa poluição histórica é caracterizada por ser formada por depósitos sólidos resultantes da cristalização ou acúmulo de substâncias orgânicos (dejetos, resíduos de ração, gordura da pele) e inorgânicos (minerais da água, ferro e manganês, depósitos de cal ou cálcio). Ela torna-se cada vez mais problemática e difícil de remover se não forem tomadas medidas.
Ainda, as camadas de a poluição constituem um terreno fértil para patógenos e pode impactar negativamente a saúde e o desempenho dos animais. Pois, junto aos depósitos minerais e orgânicas, ocorre a aderência de bactérias e outros micro-organismos nas superfícies, que aos poucos se torna a camada “macia” ou “superficial” desse biofilme.
Essa camada passa a crescer e se torna fonte de contaminação constante ao ambiente, sendo de difícil remoção devido ao muco protetor que as próprias colônias bacterianas produzem como forma de proteção. Como consequência da formação de biofilmes, surtos recorrentes de doenças nos sistemas produtivos suínos, aves e bovinos, podem constantemente ocorrer.
Como exemplos, ambientes das granjas de suínos são propensos à formação de biofilmes geralmente representados por Campylobacter app., Escherichia coli e Yersinia enterocolitica, responsáveis por diversas doenças. A Escherichia coli por exemplo, agente responsável Síndrome da Diarreia Pós-Desmame e Edema de umbigo.
Nas fazendas leiteiras, por sua vez, a bactéria Staphylococcus aureus, é uma das bactérias que mais causam prejuízos econômicos por possui habilidade de formar biofilmes, por muitas vezes de difícil detecção, e causar constantes mastites e doenças intramamárias em vacas (Butucel et al., 2022).
Na avicultura a bactéria Salmonella spp. agente causador da salmonellose áviária, é um dos principais agentes patogênicos do setor por causar grande impacto econômico e risco à saúde pública (por se tratar de uma zoonose). Essa bactéria, apesar de ser patógeno intestinal, persiste facilmente em ambientes formando biofilmes como mecanismo de adaptação e sobrevivência (Musa et al. 2024).
Nesse contexto, associado à implantação de procedimentos de biosseguridade, a adequada limpeza e desinfecção levando em consideração o desafio produtivo que a granja apresenta, são de suma importância. Como forma de classificar esses desafios categorizamos as sujidades em níveis 0, 1, 2 e 3.
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BUTUCEL, Eugenia et al. Farm biosecurity measures and interventions with an impact on bacterial biofilms. Agriculture, v. 12, n. 8, p. 1251, 2022.
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 20, de 21 de outubro de 2016. Estabelece o controle e monitoramento de Salmonella spp nos estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus de corte e nos estabelecimentos de abate de frangos, galinhas, perus de corte e reprodução registrados no SIF. Brasília, 2016.
MUSA, Laura et al. High biofilm-forming multidrug-resistant Salmonella Infantis strains from the poultry production chain. Antibiotics, v. 13, n. 7, p. 595, 2024.
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