As fêmeas suínas evoluíram significativamente em relação aos aspectos produtivos, principalmente nas últimas décadas, no que diz respeito ao tamanho da leitegada. Essa evolução foi possível devido à intensa seleção genética e às mudanças associadas ao manejo, às quais as matrizes foram submetidas. Particularmente, para se produzir um maior número de leitões, bem como leite em quantidade e qualidade, há o aumento da exigência nutricional. Portanto, a nutrição animal precisou acompanhar essa evolução, para garantir o desempenho produtivo através do aporte nutricional adequado.
Dessa forma, vários pontos devem ser considerados nas dietas periparto (104 dias de gestação), no entanto, um desses pontos, que muitas vezes é pouco considerado, é o balanço eletrolítico (BE) da dieta. Sódio (Na), potássio (K) e cloro (Cl) são macro minerais com distribuição nos fluidos e tecidos moles do organismo, que agem em conjunto com íons de fosfato e bicarbonato atuando sobre:
- controle homeostático orgânico,
- manutenção da pressão osmótica,
- equilíbrio acidobásico,
- controle da passagem dos nutrientes para as células e
- metabolismo da água.
Ainda, vale ressaltar que a relação desses três elementos é mantida de forma equilibrada no sangue, sendo Na, K e Cl decisivos na regulação dos processos vitais. A relação entre esses minerais fundamenta-se na manutenção ideal entre cátions e ânions no plasma.
De uma forma geral, as rações dos suínos são formuladas a partir de matérias-primas de origem vegetal, as quais possuem um alto teor de potássio. No entanto, essas rações são pobres em sódio. Nesse sentido, com o objetivo de suplementar o sódio, há um desequilíbrio no fornecimento de Cl-, cujas necessidades são aproximadamente 20% inferiores às de Na+.
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