Nutrição e Alimentação

Explorando alternativas à ractopamina na nutrição de suínos: aditivos em foco

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Beatriz Ribeiro Felipe

Beatriz Ribeiro Felipe

César Augusto Pospissil Garbossa

Professor - FMVZ/USP
César Augusto Pospissil Garbossa

Laya Kannan Silva Alves

Zootecnista; Mestre em Ciências
Laya Kannan Silva Alves
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Explorando alternativas à ractopamina na nutrição de suínos: aditivos em foco

O Cloridrato de ractopamina (RAC) é amplamente empregado como aditivo modulador de deposição tecidual na produção de suínos, promovendo animais mais eficientes com relação a ganho de tecido magro (Abbas et al., 2021). Seu efeito é notavelmente positivo em termos de ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar (CA) e qualidade de carcaça (Apple et al., 2007; Soares et al., 2022).

Apesar do grande potencial da RAC como melhorador de desempenho e modulador de carcaça, estudos demonstram que o desempenho dos animais pode diminuir com a exposição prolongada (Lean et al., 2014; Gerlemann et al., 2014). Outra questão relevante refere-se à proibição do uso da RAC em cerca de 160 países desde 2014, incluindo a Comunidade Europeia, Rússia e China (Niño et al., 2017).

Assim, buscando atender às demandas de um mercado que exige carnes magras e livres de ractopamina, têm sido feitas pesquisas com ingredientes alternativos que possam substituir a RAC na dieta de suínos em fase de terminação.

Estes aditivos nutricionais atuam por diferentes mecanismos de ação que podem potencialmente modular a deposição tecidual sem afetar negativamente o desempenho dos suínos, e a seguir discutiremos alguns dos aditivos em foco.

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  • Aditivos melhoradores de desempenho e moduladores de deposição tecidual para suínos em terminação
    • L-CARNITINA

A L-carnitina desempenha papel crucial no metabolismo energético (Ringseis et al., 2018) e, embora os suínos possuam produção endógena desse composto, sua síntese é afetada pelo status de micronutrientes do suíno, levando, em alguns casos, à inadequação dos requerimentos nutricionais (Ringseis et al., 2018; Rao et al., 2023). Embora não seja considerada essencial nas dietas de suínos, sua suplementação favorece o aproveitamento de ácidos graxos como fonte energética, promovendo maior deposição proteica (Silva et al., 2019).

Em estudo meta-analítico, Rao et al. (2023) demonstraram que suínos suplementados com L- carnitina tiveram GPD 2,1% maior e melhor eficiência alimentar (2,5%) em comparação a grupos não suplementados. Observou-se também menor espessura de toucinho, aumento de 3,8% no percentual de carne magra e 2,4% maior área do músculo Longissimus dorsi.

Owen et al., 2001 analisaram o efeito da suplementação de L-carnitina durante 35 dias, na fase de crescimento, não constatando melhorias no desempenho, mas aumento na deposição de tecido magro e redução da espessura de toucinho em grupos suplementados com 49 a 64 ppm de L-Carnitina (Owen et al., 2001).

Explorando alternativas à ractopamina na nutrição de suínos: aditivos em foco

A suplementação de betaína aumenta os níveis séricos de hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), melhorando a síntese proteica e o desempenho dos suínos (Lothong et al., 2016). A betaína também melhora a utilização de energia (Lipinski et al., 2012).




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