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04 out 2024

Universidade gaúcha monitorada quase metade do sêmen suíno no Brasil

São cerca de 3 mil amostras por mês, com origens de diferentes regiões do país

Universidade gaúcha monitorada quase metade do sêmen suíno no Brasil

Universidade gaúcha monitorada quase metade do sêmen suíno no Brasil | Fonte: Por Isadora Camargo — Globo Rural

Cerca de 45% das doses de sêmen suíno usadas no Brasil são testadas e monitoradas em laboratórios de uma única instituição, a Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul. São cerca de 3 mil amostras por mês, com origens de diferentes regiões do país.

  • De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o quarto maior produtor de carne suína no mundo, tendo produzido mais de 5,1 milhões de toneladas e vendido 1,2 milhão de toneladas em 2023. “A inseminação artificial é um dos processos que contribuem para o êxito dessa cadeia — e quase metade do sêmen suíno utilizado no país é testado em uma universidade gaúcha”, aponta a ABPA.

O monitoramento acontece por meio de uma parceria da UPF com a empresa Bretanha Suínos, também instalada em Passo Fundo. “O trabalho consiste em analisar a qualidade dos gametas utilizados pela empresa, detentora de 50% do mercado se reprodução suína no Brasil”, informa a universidade.

“São cerca de dois milhões de fêmeas no país — e cada uma delas recebe em volta de sete doses de sêmen por ano. Esse monitoramento é fundamental para garantir uma boa prole, dentro das necessidades de cada produtor e, principalmente, a sanidade animal”, destaca Clóvis Tadeu Alves, gerente da Divisão de Prestação de Serviços da UPF.

O serviço é prestado pela UPF por meio do Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Sanidade Animal, que integra o Parque Científico e Tecnológico da instituição. O espaço atende todas as exigências do Ministério da Agricultura para análises dos principais segmentos da produção animal, como aves, suínos e bovinos, conforme ressalta o comunicado.

A gerente técnica da Bretanha, Kérlin Calderam, enfatiza que a parceria, além de estratégica, garante informações que permitem fazer ajustes técnicos e atestar a qualidade da produção.

“Isso dá segurança ao mercado da produção de leitões, permitindo que a porca expresse o número total de leitões nascidos por parto adequados à sua genética e ambiente. Também possibilita a difusão genética dos machos de maior índice genético ao plantel nacional, gerando lucratividade e competitividade”, afirma.

Há 23 anos no mercado, a companhia possui mil machos alojados em centrais de produção para diferentes parceiros de negócio. Estima-se que de cada dois animais abatidos no país, um foi produzido com os produtos da companhia.

Universidade gaúcha monitorada quase metade do sêmen suíno no Brasil | Fonte: Por Isadora Camargo — Globo Rural

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