BANNER TOPO INSTITUCIONAL
21 jan 2022

Vacina pioneira contra toxoplasmose suína é desenvolvida pela UEL

Pesquisadores do Centro de Referência em Toxoplasmose Humana e Animal da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolveram a primeira vacina contra toxoplasmose suína no mundo baseada em proteínas recombinantes. Clique aqui e confira a técnica revolucionária para a cadeia suinícola!

Vacina pioneira contra toxoplasmose suína é desenvolvida pela UEL

Pesquisadores do Centro de Referência em Toxoplasmose Humana e Animal da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolveram a primeira vacina contra toxoplasmose suína no mundo baseada em proteínas recombinantes, uma técnica revolucionária no campo da imunização, porque é mais eficaz e traz menos riscos.

 

Laboratório de Protozoologia (Foto: UEL)

Segundo o professor João Luís Garcia (Departamento de Medicina Veterinária Preventiva/CCA), esta vacina é resultado de um longo processo de pesquisa e avanços graduais no conhecimento em todo o mundo. A vacina de DNA contra toxoplasmose suína desenvolvida pela UEL está na fase de teste em camundongos e a próxima fase será a final, com o teste já em suínos.

A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e acomete diversas espécies de animais, como aves e mamíferos (gatos, suínos, ovelhas, cabritos e cavalos), que podem servir de vetores (hospedeiros temporários) e transmitir ao ser humano.

A consequência mais grave, tanto para os animais quanto para o ser humano doente, é o aborto. No caso do ser humano, a toxoplasmose pode deixar ainda uma série de sequelas no nascimento, como surdez, hidrocefalia e deficiência mental”, explica o professor.

O Toxoplasma gondii foi isolado pela primeira vez em 1908, praticamente ao mesmo tempo por pesquisadores franceses na Tunísia e brasileiros, em São Paulo. Quando a pesquisa do professor João Luís começou, lá no início dos anos 80, ainda era sobre os quadros epidemiológicos da doença.

Na época, cerca de 4 em cada 10 suínos no Brasil estavam contaminados com os oocistos (ovos) da toxoplasmose e, como não havia vacina, investia-se na educação e outras formas de prevenção. Dicas sobre como cozinhar bem a carne antes de consumi-la foram bem popularizadas e valem até hoje.

Atualmente apenas 4 em cada 100 suínos carregam algum tipo de contaminação. Porém, considerando que um único indivíduo pode portar milhões de oocistos ao longo da vida, ainda há razão para alerta, afinal a carne suína é a mais consumida no mundo, e dados da Fundação Osvaldo Cruz afirmam que cerca de um terço da população mundial é acometida pela doença.

As primeiras vacinas eram chamadas de “vacinas vivas”, porque possuíam microrganismos vivos capazes de infectar. Eram chamadas de “atenuadas”, com a presença do microrganismo, mas incapaz de gerar a doença, apenas “provocar” a resposta imunológica.

Conforme as pesquisas avançavam e eram publicadas, foi possível perceber os melhoramentos. De vacinas vivas, passaram a ser desenvolvidas vacinas baseadas em proteínas. Primeiro, apenas uma selecionada. Depois, as “proteínas recombinantes”, como a desenvolvida na UEL.

Professor João Luís Garcia com a equipe de pesquisadores que colabora com a pesquisa, formada por estudantes de programa de pós-graduação do CCA. (Foto: UEL)

Depois de diversos estudos com diferentes vacinas, agora a pesquisa avança sobre o novo tipo de vacina: de DNA, com material genético. Essa é a da UEL. Ela é administrada pela pele, não usa agulhas e necessita de três doses, com intervalos de 4 semanas entre cada uma.

 

Fonte: Governo do Estado do Paraná

Relacionado com Controle Sanitário
Sectoriales sobre Controle Sanitário
país:1950

REVISTA SUÍNO BRASIL

Inscreva-se agora para a revista técnica de suinocultura

EDIÇÃO
Estratégias nutricionais em desafios sanitários

Estratégias nutricionais em desafios sanitários

Cleandro Pazinato Dias Marco Aurélio Callegari Prof. Dr. Caio Abércio da Silva Prof. Dr. Rafael Humberto de Carvalho
Construindo um protocolo de sustentabilidade para a suinocultura brasileira – Parte I

Construindo um protocolo de sustentabilidade para a suinocultura brasileira – Parte I

Everton Luís Krabbe
O potencial inexplorado da Inteligência Artificial na produção suína

O potencial inexplorado da Inteligência Artificial na produção suína

M. Verónica Jiménez Grez
Β-glucanos e Mananoligossacarídeos e microbiota intestinal: como modular a saúde de dentro para fora

Β-glucanos e Mananoligossacarídeos e microbiota intestinal: como modular a saúde de dentro para fora

Cândida Azevedo Jéssica Mansur Siqueira Crusoé Leonardo F. da Silva
Prevenção e controle da transmissão de doenças através dos alimentos

Prevenção e controle da transmissão de doenças através dos alimentos

Pedro E. Urriola
Como uma amostragem adequada pode garantir uma melhor acurácia analítica?

Como uma amostragem adequada pode garantir uma melhor acurácia analítica?

Clarice Speridião Silva Neta
Efeito de um aditivo tecnológico na dieta de porcas e seu impacto no desempenho da leitegada

Efeito de um aditivo tecnológico na dieta de porcas e seu impacto no desempenho da leitegada

Cleison de Souza
A fibra insolúvel na dieta da fêmea suína gestante como estratégia para mitigação da fome e garantia do desempenho –  Parte I

A fibra insolúvel na dieta da fêmea suína gestante como estratégia para mitigação da fome e garantia do desempenho – Parte I

Danilo Alves Marçal Ismael França Jaira de Oliveira Luciano Hauschild
Como otimizar o desempenho dos leitões pós-desmame com proteínas funcionais?

Como otimizar o desempenho dos leitões pós-desmame com proteínas funcionais?

Luís Rangel
Casuística de exames laboratoriais para suinocultura em 2024

Casuística de exames laboratoriais para suinocultura em 2024

Keila Catarina Prior Lauren Ventura Parisotto Marina Paula Lorenzett Suzana Satomi Kuchiishi
Uso de ácidos orgânicos e mananoligossacarídeos na dieta de leitões desafiados com Salmonella Typhimurium: efeito nos órgãos, escore fecal e desempenho zootécnico

Uso de ácidos orgânicos e mananoligossacarídeos na dieta de leitões desafiados com Salmonella Typhimurium: efeito nos órgãos, escore fecal e desempenho zootécnico

Ariane Miranda Eduardo Miotto Ternus Gefferson Almeida da Silva Ines Andretta José Paulo Hiroji Sato Julio C. V. Furtado

JUNTE-SE À NOSSA COMUNIDADE SUÍNA

Acesso aos artigos em PDF
Informe-se com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente na versão digital

DESCUBRA
AgriFM - Los podcast del sector ganadero en español
agriCalendar - El calendario de eventos del mundo agroganaderoagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formación para el sector de la ganadería