A produção leiteira e o aporte nutricional necessário para minimizar o catabolismo lactacional têm uma regulação complexa com interações intensas. Saiba mais!
A produção leiteira e o aporte nutricional necessário para minimizar o catabolismo lactacional têm uma regulação complexa com interações intensas. O consumo energético para a síntese de leite na matriz suína pode chegar a 100%, efetivamente priorizado para a produção leiteira.
Os requerimentos em energia, assim como de proteína, aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas, são aumentados em até três vezes na fase lactacional, comparados com as exigências para a fase gestacional. |
Considerando a alta demanda nutricional na lactação, o consumo voluntário comumente é insuficiente para suprir as necessidades energéticas dessa fase. Nesse balanço, a energia requerida para a produção de leite representa 60-80% da necessidade nutricional diária, dependendo da ordem de parto e do tamanho da leitegada. Porém, para lactação e para a gestação, essas diferenças parecem ser relativamente pequenas, da ordem de peso corporal e o menor intervalo desmame-estro mostram-se com valores menores. Esse efeito pode ser atribuído ao perfil hormonal de LH e insulina.
A exigência de energia para a lactação também aumenta com a ordem de parição, porém o consumo de energia voluntário é suficiente para atender somente 83% das necessidades da energia para a lactação, valor este inferior para porcas primíparas (75%). Os efeitos de outros fatores, como condições de alojamento, nível de desempenho etc, sobre os requerimentos nutricionais da lactante também devem ser considerados.
Por exemplo, se a taxa de crescimento da leitegada durante a lactação é mais elevada (3,0kg/dia versus 2,6kg/dia; ou seja, 15% maior), os requisitos de aminoácidos e de energia aumentam cerca de 10%.
Na fase lactacional, o crescimento da glândula mamária tem repercussão direta na quantidade de leite produzido e, por consequência, no crescimento dos leitões. Assim, o manejo nutricional adotado durante a lactação deverá priorizar o máximo crescimento mamário, que é diretamente afetado pelo consumo de energia e de aminoácidos durante a lactação.
Em síntese, preservadas as particularidades relacionadas com o aporte energético dietético, uma matriz em lactação, alimentando leitões com ganho diário de 200 a 250g, deveria ingerir 18,2 a 21,8Mcal de energia digestível por dia, o que significa um consumo de 5,3 a 6,4kg de ração com 3,4Mcal de energia digestível/kg.
Quanto às demandas de aminoácidos para a produção de leite, existe certa dificuldade para essa determinação, uma vez que a contribuição das reservas corporais de proteína não é precisamente conhecida. Assim, utilizar uma relação empírica entre a lisina digestível e o balanço de nitrogênio corporal e no leite pode ser importante para essa definição.
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