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05 abr 2024

Produtores de suínos da Seara geram energia elétrica a partir de dejetos de animais

Por meio da instalação de biodigestores que transformam metano em energia, produtores integrados reduzem em 60% a conta de luz – e desenvolvem fonte alternativa de renda

Produtores de suínos da Seara geram energia elétrica a partir de dejetos de animais

(Crédito: Divulgação JBS)

Produtores de suínos da Seara geram energia elétrica a partir de dejetos de animais

Produtores de suínos da Seara geram energia limpa e renovável a partir dos dejetos dos animais. A adoção da prática impacta diretamente na rentabilidade do produtor e pode se tornar uma segunda fonte de renda, por meio da comercialização do ativo. Incentivados pela JBS, os produtores integrados estão aderindo ao uso de biodigestores que transformam o gás metano em combustível utilizado como fonte para geração de energia elétrica.

A economia na conta de luz a partir da adoção de biodigestores chega a 60%.

Atualmente, cerca de 30% propriedades de suinocultura integradas da Seara com potencial para instalação de biodigestores já contam com o equipamento. O centro-oeste concentra a maior quantidade dessas granjas. Apenas em Dourados, no Mato Grosso do Sul, 39% das propriedades em potencial já utilizam a tecnologia. É o caso das granjas do veterinário Celso Philippi Junior, que abastece suas propriedades a partir da energia gerada nelas.

energia elétrica a partir de dejetos de animais (Crédito: Divulgação JBS)

Produtores de suínos da Seara geram energia elétrica a partir de dejetos de animais. (Crédito: Divulgação JBS)

“Nas duas granjas são produzidos 50 mil kWh de energia por mês que, entre outras coisas, abastecem casas de colaboradores que moram na fazenda e o sistema de distribuição de adubos em pastos. Isso representa 70% de nossa necessidade energética mensal”, afirma o produtor. Segundo ele, a produção para autoabastecimento representa uma redução de aproximadamente de 50% nos custos de produção. “Isso mostra a potência da suinocultura”, completa. As granjas, localizadas em Jateí e em Glória de Dourados, já receberam R$ 1 milhão em investimentos cada uma para a instalação dos biodigestores. Segundo Philippi, em cerca de três anos ele colheu o retorno desse investimento.

Para além da economia, a instalação dos biodigestores pode representar incremento de renda para os produtores, por meio da comercialização da energia. Na cidade de Caibi, em Santa Catarina, Edson Orsolin produz cerca de 60 mil kWh por mês de energia elétrica renovável. Destes, 20 mil kWh são destinados para consumo da propriedade. Os outros 40 mil kWh são comercializados, adicionando R$ 15 mil reais por mês ao faturamento do produtor. “Minha expectativa é obter o retorno sobre o investimento em cinco anos”, diz Orsolin.

Vamiré Luiz Sens Júnior, gerente-executivo de Agropecuária da Seara, acrescenta que a utilização de dejetos para a geração de energia é uma forma contribuir para sustentabilidade do negócio.

“A instalação dos biodigestores é uma forma inteligente para transformar dejetos em um negócio rentável. Além de gerar economia no custo energético da propriedade, o biogás pode ser um potencial de incremento de renda do produtor”, explica.

 Os biodigestores são estruturas de concreto cobertas por lona que estimulam a fermentação da matéria orgânica, liberando o gás produzido através da fermentação dos dejetos. É uma espécie de bolha que armazena o gás metano que será transformado no combustível utilizado pelos geradores para produção de energia elétrica na granja.

 

A JBS já investiu globalmente mais de R$ 220 milhões em projetos de captura de biogás nas suas operações para geração de energia em 14 fábricas nos Estados Unidos e Canadá, além de nove unidades da Friboi no Brasil. No Brasil, a implementação da captura de metano nas instalações da Friboi por meio do sistema de tratamento de efluentes, tem possibilitado a retirada de mais de 80 mil metros cúbicos de biogás por dia.

Os projetos dessa natureza nas fábricas dos Estados Unidos e do Canadá, produzem 190 mil m³/d de biogás. Essa energia limpa abastece caldeiras e é utilizada na produção de eletricidade nas unidades, além de ser vendida para empresas de gás. Esses projetos reduziram a demanda externa por gás natural, um combustível fóssil, em 20%, e fez com que a empresa deixasse de emitir 650 mil t/ano de gases de efeito estufa. A companhia pretende expandir os projetos de produção de biogás nos dois países.

 

A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 270 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em todos os continentes, em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 152 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 190 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.

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