agronutri topo janeiro/24
25 jul 2022

Simpósio de Suinocultura Aurora Coop debate qualidade de leitões

O evento reuniu cerca de 80 técnicos das cooperativas filiadas e equipe interna de suinocultura da Aurora Coop. Saiba mais!

Simpósio de Suinocultura Aurora Coop debate qualidade de leitões

Com o objetivo de inovar e garantir eficiência na cadeia produtiva de suínos, a Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop) promoveu neste mês o Seminário de Suinocultura. O evento reuniu cerca de 80 técnicos das cooperativas filiadas e equipe interna de suinocultura da Aurora Coop.

O diretor vice-presidente de agronegócios da Aurora Coop, Marcos Zordan, realçou que todo o protagonismo da cooperativa é mérito das pessoas que fazem parte do Sistema.

“A suinocultura é um dos setores que mais evoluiu e temos orgulho pelo reconhecimento que conquistamos no País e no mundo. Isso é resultado do comprometimento de todas as equipes que não medem esforços para que os produtores implementem inovações e utilizem da melhor forma as tecnologias, as técnicas de sustentabilidade e as práticas de produção – alguns dos quesitos fundamentais para uma suinocultura de sucesso”.

Em sua explanação, o gerente de suinocultura Luiz Carlos Giongo falou sobre o cenário atual e os desafios da Aurora Coop. Destacou que o sistema de produção de suínos conta com 270 mil matrizes produtivas distribuídas nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

“Este ano, nossa produção somará mais de 7,1 milhões de suínos e, desse total, 65% são destinados para o mercado interno e 35% para exportação”. Giongo reforçou que o Sistema Aurora Coop figura no contexto nacional com 14% da produção e é responsável por 25% do volume total exportado pelo Brasil. Sobre exportação, observou que a cooperativa atende os mercados mais exigentes do mundo, como Japão e Estados Unidos. “Agora, temos duas plantas aprovadas para exportar ao Canadá, uma de Chapecó e outra de Joaçaba, além do tradicional e volumoso mercado da China, Hong Kong e outras dezenas de países”. 

O gerente também reforçou que a produção brasileira figura entre as mais importantes no cenário mundial. Lembrou que o Brasil é o 4º maior produtor e 4º maior exportador de carne suína e usufrui de um status sanitário invejável. “Temos as melhores genéticas que o mundo dispõe, nutrição de excelência, os melhores protocolos de proteção das doenças, instalações avançadas, climatizadas com controle de ambiente, temperatura e gases, alimentação automatizada, água de qualidade garantida e analisadas em laboratório. Nossas granjas têm um padrão altíssimo de qualidade e essa produção equilibrada nos garante qualidade da carne, segurança alimentar e alimentos nutritivos e saborosos”.

 

BIOSSEGURIDADE

Evento reuniu cerca de 80 pessoas entre técnicos das 10 cooperativas filiadas e equipe de suinocultura da Aurora Coop (Foto: divulgação Aurora Coop).

A programação do evento também contou com a palestra “Biosseguridade aplicada à Aurora Coop” com o médico veterinário Luiz Felipe Caron. Durante sua explanação ele destacou o cenário atual no Brasil, propôs uma reflexão sobre qual é o modelo de sucesso e falou sobre os principais aspectos que envolvem a suinocultura.  

O Brasil figura entre os países que usufruem do melhor padrão de sanidade do rebanho suíno do mundo. É livre de várias doenças que causam enormes prejuízos mundo afora. Entre elas está a Peste Suína Africana (PSA) – patologia grave e de alto impacto, que está presente na Europa, na China e na América Central. Por não ter a presença dessa e de outras doenças, a produção brasileira é diferenciada. Outro assunto em destaque foi a questão do equilíbrio das doenças comuns existentes nos rebanhos.

Para finalizar, Caron enfatizou a qualidade técnica e o engajamento de todos na realização do Simpósio de Suinocultura.

“O evento mostrou que essa visão de cadeia da suinocultura traz oportunidades de melhoria e, a cada dia, colhemos mais resultados com uma produção eficiente, minimizando os impactos de enfermidades que afetam o mundo todo. Nós, do Brasil, conseguimos continuar o trabalho com excelência, recuperando mercados que, às vezes forçam com os preços, mas ficou claro no evento que a Aurora Coop hoje é um expoente e está na frente inovando e trazendo uma vanguarda muito boa na implantação dessas ações que partem da vontade de todas as pessoas envolvidas”. 

 

QUALIDADE DOS LEITÕES

Representantes da Aurora Coop, palestrantes e técnicos das cooperativas. (Foto: divulgação Aurora Coop).

“Um olhar global sobre a produção de leitões de qualidade – Desempenho e Sanidade” foi outro tema abordado no encontro. Segundo a médica-veterinária Djane Dallanora, o tema é desafiador principalmente pela recorrência e é um assunto praticamente esgotado do ponto de vista de discutir fatores que interferem na qualidade do desmamado. “Na minha vivência, nunca se falou tanto sobre isso e nunca se produziu tantos dados a respeito dos leitões não-conformes”, destacou ao explicar temas como a definição de leitão economicamente viável e as causas de desclassificação de suínos.

O cuidado com as matrizes foi um dos assuntos em destaque. Isso porque quando elas estão em um rebanho adequado, são bem-manejadas, mantidas em instalações com bem-estar animal e com vacinações preventivas em dia, terão boa imunidade e transmitirão aos leitões através do colostro. Na ocasião do parto, fazer o manejo adequado, ensinar o leitão a mamar e garantir que se alimente logo com o colostro é fundamental para uma condição melhor de sanidade e qualidade do leitão, porque ele absorverá todas as defesas que estão nesse leite nas primeiras 12 horas de vida. Por fim, o manejo e acompanhamento adequados, orientações da primeira mamada, além de condições ideais de aquecimento, água e ração de qualidade são aspectos fundamentais para garantir o melhor desenvolvimento dos leitões.

Djane ressaltou que Santa Catarina é um estado sempre lembrado pela seriedade com que trata os assuntos ligados à saúde animal. “Mais uma vez, a história se repete e a Aurora Coop está na vanguarda das ações ligadas a este tema. Este projeto de biosseguridade e sanidade tem objetivos que visam produzir leitões com saúde cada vez mais robusta, aumentando a produtividade e o desempenho zootécnico ao longo de toda a cadeia produtiva”.

Segundo a palestrante, a proteção dos rebanhos com medidas de biosseguridade e a imunidade de rebanho gerada a partir de protocolos consistentes de vacinação, uso racional de antimicrobianos, cuidados com os leitões recém-nascidos e com as matrizes trarão ainda mais qualidade ao processo de produção de suínos e a todas as pessoas que fazem parte deste sistema cooperativo.

 

OUTROS ASSUNTOS EM EVIDÊNCIA

Também palestraram no evento o nutricionista de suínos Joel Girardello que falou sobre o Arraçoamento da matriz suína”; a extensionista Rafaela Gauer Dumke que abordou o tema Redução de Leitões – baixo peso; o técnico Rodimar Arboit que falou sobre “Seleção dos leitões no carregamento e o assessor de suinocultura Sérgio Carvalho que explanou o assunto Sanidade dos rebanhos, perdas da cadeia produtiva e protocolos vacinais e de controle de doenças”.

A programação também contou com a formatura dos membros da equipe técnica que concluíram o curso P+1 – formação de profissionais para atuação na orientação técnica na suinocultura. Trata-se de uma formação teórica e prática com princípios metodológicos para orientação da suinocultura, gestão embasada em números, planejamento estratégico e planos de ação para busca de excelência em qualidade, produtividade e regularidade de entregas. Na ocasião, apresentou o caso de sucesso na implantação do trabalho pelo técnico da Cooper A1, Danrlei Toniolli.

 

AVALIAÇÃO

Para Luiz Carlos Giongo, o evento que levou conhecimento a todos os profissionais (técnicos agrícolas, veterinários e zootecnistas) responsáveis por orientar os produtores rurais no campo, foi um sucesso. 

“Conseguimos trazer o que tem de mais novo, mais avançado e mais moderno para manter uma produção de qualidade, com excelência e mais equilíbrio, atendendo toda a cadeia: o empresário rural, a cooperativa filiada e a Aurora Coop. Tudo isso, sem dúvida, dedicado ao consumidor final”.

O supervisor de suinocultura da Aurora Coop, Marcelo Nogueira Rocha, salientou que o Seminário de Suinocultura Aurora Coop representou uma oportunidade para discutir temas relacionados à qualidade de leitões dentro do sistema. “Nosso ideal é manter todas as equipes técnicas preparadas e alinhadas para um trabalho de excelência com ganhos para toda a cadeia produtiva da suinocultura”.

Para ele, é essencial trabalhar na melhoria contínua do sistema. “A Aurora Coop tem uma suinocultura de ponta e para alcançar grandes resultados é importante investir em educação continuada. Um evento como esse representa uma oportunidade de promover grandes discussões e de explorar diferentes pontos de vista. A ideia é transmitir o conhecimento, para que seja aplicado no campo”.

 

Relacionado com Empresas
Sectoriales sobre Empresas
país:1950

REVISTA SUÍNO BRASIL

Inscreva-se agora para a revista técnica de suinocultura

EDIÇÃO suínoBrasil 1º TRI 2024
Estreptococose em suínos

Estreptococose em suínos

Adriana Carla Balbinot Fabiana Carolina de Aguiar Mariana Santiago Goslar Taís Regina Michaelsen Cê
Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ana Caroline Rodrigues da Cunha
Salmonella, uma vilã na suinocultura

Salmonella, uma vilã na suinocultura

Luciana Fiorin Hernig
Uso de fitogênico para leitões na fase de creche como melhorador de desempenho natural em substituição aos antibióticos promotores de crescimento

Uso de fitogênico para leitões na fase de creche como melhorador de desempenho natural em substituição aos antibióticos promotores de crescimento

Equipe técnica de suínos da Vetanco
A importância da temperatura da água de bebida para suínos

A importância da temperatura da água de bebida para suínos

Joana Barreto
Suinocultura sustentável e a carne carbono negativo

Suinocultura sustentável e a carne carbono negativo

Rodrigo Torres
Deficiência de ferro em suínos: Patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, controle e tratamento

Deficiência de ferro em suínos: Patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, controle e tratamento

Cândida Pollyanna Francisco Azevedo
Interpretação de laudos laboratoriais na suinocultura: Critérios essenciais para chegar ao diagnóstico e tomada de decisão

Interpretação de laudos laboratoriais na suinocultura: Critérios essenciais para chegar ao diagnóstico e tomada de decisão

Amanda Gabrielle de Souza Daniel
Impacto, desafios sanitários e produtivos do manejo em bandas na suinocultura

Impacto, desafios sanitários e produtivos do manejo em bandas na suinocultura

Ana Paula Mellagi Bernardo Dos Santos Pizzatto Fernando Pandolfo Bortolozzo L. D. Santos Leonardo Abreu Leal Rafael da Rosa Ulguim
Mecanismo de ação dos AA funcionais para melhorar a robustez de suínos em desafio

Mecanismo de ação dos AA funcionais para melhorar a robustez de suínos em desafio

Antônio Diego Brandão Melo Ismael França Luciano Hauschild
Betaína como aditivo modificador de carcaça para suínos

Betaína como aditivo modificador de carcaça para suínos

Amoracyr José Costa Nuñez César Augusto Pospissil Garbossa Mariana Garcia de Lacerda Vivian Vezzoni de Almeida
Desvendando o custo oculto: explorando o impacto do estresse oxidativo na produção de porcas

Desvendando o custo oculto: explorando o impacto do estresse oxidativo na produção de porcas

Allan Paul Schinckel César Augusto Pospissil Garbossa

JUNTE-SE À NOSSA COMUNIDADE SUÍNA

Acesso aos artigos em PDF
Informe-se com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente na versão digital

DESCUBRA
AgriFM - Los podcast del sector ganadero en español
agriCalendar - El calendario de eventos del mundo agroganaderoagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formación para el sector de la ganadería