Vacinas combinadas oferecem segurança, proteção ampliada e maior flexibilidade nos protocolos da suinocultura

A profissional lembra que, no Brasil, o surgimento das primeiras vacinas comerciais, em 2007, contra o Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2), foi um marco na história da suinocultura e um exemplo da eficácia da vacinação na redução significativa das perdas econômicas causadas pela Circovirose.

• Em 2013, outro marco importante: o lançamento, pela MSD Saúde Animal, da primeira vacina comercial injetável combinando antígenos de Mycoplasma hyopneumoniae e Circovírus Suíno tipo 2. Já em 2016 surgiam as primeiras vacinas intradérmicas e, em 2018, a primeira vacina injetável para o controle de uma das principais enfermidades entéricas dos suínos, a Ileíte (causada por Lawsonia intracellularis).

“Hoje, existem diversas opções de vacinas, com protocolos de uma ou duas doses, aplicadas pela via intramuscular, pela via intradérmica e também pela via oral. Mas é certo que, em razão das características do modelo atual de produção de suínos, da intensa tecnificação do sistema e das recomendações de bem-estar animal, as vacinas do futuro serão diferentes”, diz Brenda.

Vacinas combinadas oferecem segurança, proteção ampliada e maior flexibilidade nos protocolos da suinocultura

Segundo ela, o foco estará cada vez mais em vacinas que minimizem o estresse, reduzam o número de injeções e facilitem a operação. “Vacinas desenvolvidas em protocolos de uma dose e majoritariamente polivalentes (sempre e quando a combinação de microrganismos for possível) já são uma realidade na grande maioria dos sistemas de produção e continuarão em destaque.”

Vacinas de dose única representam uma evolução para os programas sanitários. Do ponto de vista animal, significa uma injeção a menos (um ganho em bem-estar) e, na perspectiva de manejo, evita o desgaste físico e reduz custos relacionados à revacinação. Imunologicamente, as vacinas de dose única carregam em suas formulações estratégias inteligentes, que visam a liberação dos antígenos ao longo das respostas imunes primárias e secundárias, sendo que a velocidade da resposta de anticorpos é intrínseca a cada vacina. Normalmente, os títulos máximos de anticorpos alcançados com vacinas imunogênicas de dose única não são estatisticamente diferentes daqueles induzidos por formulações de duas doses.

Da mesma forma, as vacinas polivalentes representam um ganho importante para otimizar o processo. “Considerando que o processo de vacinação de leitões representa um manejo delicado e que necessita de mão de obra disponível, opções que garantam maior conveniência e praticidade são de extrema importância”, destaca Brenda.

Vacinas combinadas oferecem segurança, proteção ampliada e maior flexibilidade nos protocolos da suinocultura

Durante o desenvolvimento de uma vacina veterinária licenciada, a proteção conferida é avaliada em estudos clínicos controlados, sendo um processo complexo e repleto de etapas, que requer tempo e investimento em pesquisas. Importante considerar que o desenvolvimento de uma vacina envolve a seleção criteriosa do antígeno(s) vacinal e de adjuvantes, que, juntos, determinarão o sucesso, ou não, de uma formulação vacinal. A partir daí, são realizados estudos experimentais controlados em grupos de animais, que envolvem inúmeros ensaios pré-clínicos e clínicos, análises, estudos de eficácia, segurança e de início e duração de imunidade.

Após essa etapa, existe a submissão e aprovação junto aos órgãos governamentais locais. Algumas formulações podem levar até 10 anos para sua liberação. Brenda pontua que, falando especificamente de formulações conjugadas, as pesquisas são mais laboriosas, pois é necessário garantir eficácia para todos os antígenos envolvidos. A escolha dos antígenos que farão parte da formulação precisa atender alguns aspectos importantes, como o perfil de imunogenicidade de cada patógeno e a indicação de protocolo vacinal.

“Não é fácil desenvolver vacinas que protejam os animais contra diferentes agentes infecciosos em momentos distintos de suas vidas. Além disso, para algumas enfermidades, altos títulos de imunidade materna podem prejudicar a resposta vacinal. Portanto, ao combinar patógenos, precisamos de uma formulação equilibrada e que atenda às mesmas indicações de protocolo vacinal para todos os componentes da vacina”, detalha a profissional.

Todo o rigor do processo de desenvolvimento reflete na eficácia e segurança das vacinas, e as combinadas ganham cada vez mais espaço por oferecerem maior flexibilidade nos protocolos de vacinação, economizando tempo e recursos nas fazendas, além de priorizarem o bem-estar animal e garantirem uma proteção eficaz e abrangente contra diversas doenças. “Fortalecer a imunidade dos animais de forma mais eficiente impacta diretamente no uso prudente de antimicrobianos. Menos doenças significam menor necessidade de tratamentos com antibióticos, o que é fundamental para combater a resistência antimicrobiana e garantir a segurança alimentar”, afirma Brenda.

A Organização Mundial da Saúde Animal, em seu Código Sanitário de Animais Terrestres, traz que é inquestionável que a vacinação tem um papel de suma importância na prevenção, além de impacto positivo sobre o bem-estar animal e na saúde pública. Mas para que o alcance dessa proteção seja efetivo e estabeleça um processo vacinal de sucesso, Brenda ressalta que o número de animais vacinados e a eficácia da vacina utilizada são essenciais.

“Também é imprescindível que a biologia do sistema imunológico seja respeitada, porque, muitas vezes, não se adapta ao período mais conveniente de imunização para a equipe de vacinação da granja. Ainda, deve-se analisar atentamente a inclusão de vacinas compostas por um número elevado de patógenos imunologicamente diferentes. O estado de saúde e nutricional dos animais no momento da vacinação também são pontos críticos”, diz a médica-veterinária.

É crucial para a suinocultura moderna o controle de doenças que impactam a produtividade e a saúde dos animais. Ileíte, Circovirose Suína (PCV2) e Pneumonia Enzoótica (Mycoplasma hyopneumoniae) são três das enfermidades mais relevantes, com histórico de grandes prejuízos e que impulsionaram avanços na prevenção, incluindo o desenvolvimento de vacinas combinadas.

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• Sobre a MSD Saúde Animal  

Há mais de 130 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. A MSD Saúde Animal, uma divisão da Merck & Co., Inc., é a unidade global de negócios de saúde animal da MSD. Por meio do seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis, a MSD Saúde Animal oferece a médicos-veterinários, pecuaristas, donos de pets e governos uma grande variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, soluções e serviços de gestão de saúde, além de um amplo conjunto de tecnologia conectada que inclui produtos voltados à identificação, à rastreabilidade e ao monitoramento. A MSD Saúde Animal é dedicada a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas. Investe amplamente em recursos de P&D e em uma cadeia de suprimentos moderna e global. A empresa está presente em mais de 50 países e seus produtos estão disponíveis em cerca de 150 mercados. Para obter mais informações, visite nosso site e conecte-se conosco no LinkedIn, Instagram e Facebook.

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