Fonte: Doenças Virais de Importância na Produção de Suínos. Cap.08
Saiba mais sobre a infectividade, patogenicidade, virulência, resistência e ação de desinfetantes sobre o vírus da PRRS. Leia!
A Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos (PRRS) é uma doença infecciosa viral, altamente transmissível dos suínos domésticos e selvagens. Caracteriza-se por comprometimento respiratório e reprodutivo, elevadas perdas econômica, e por ser de difícil controle.
Infectividade
É a capacidade que um agente etiológico apresenta em entrar no organismo de um novo hospedeiro, aí se instalando para multiplicar ou replicar. Foi demonstrado que a ID 50 (dose infectante), por via oral e nasal, foram iguais a 105 e 104 partículas virais respectivamente, o que indica alta infectividade. Pela inseminação artificial a ID 50 foi igual a 104 partículas virais. Obviamente, a ID 50 varia com o tipo de vírus envolvido e a porta de entrada.
Em suínos, a ID 50 é menor em casos de infecção por via parenteral, como corte de orelha, cauda, dente e inoculação de medicamentos. Já o biológico é menos suscetível a outros portas de entrada. Sorotipos podem variar quanto à infectividade.
Patogenicidade
É a capacidade que um agente etiológico apresenta em provocar o aparecimento de sinais clínicos. O vírus da PRRS apresenta patogenicidade, que varia de baixa a alta, e que pode ser compreendida pela elevada prevalência de infecções (entretanto, apenas até elevada prevalência de casos clínicos que podem, se manifestar sob forma de surtos). Sorotipos podem variar quanto à patogenicidade.
Virulência
É a gravidade de um caso de doença. No caso da PRSS, é elevada não somente pela intensidade dos sinais clínicos, mas também em função da alta letalidade (número de mortos entre doentes). Sorotipos podem variar quanto à virulência.
Resistência
É a capacidade que o vírus apresenta em sobreviver no ambiente em ausência de parasitismo. Depende da temperatura e umidade. Frágil e rapidamente destruído pelo calor e dessecação. À temperatura entre 25-27º C, desde o tempo 0 (zero) a contar da contaminação, não é detectado em materiais como plásticos, aço inoxidável, borracha, maravalha, feno, milho, ração inicial ou brim, ou seja, o vírus PRRS é termolábil e estável à variação de pH. Os 2 tipos não apresentam diferença de comportamento frente à temperatura ambiente. A 4°C sobrevive por 155 h; a 10°C por 85 h, 20°C por 27 h e a 30°C por 2 h.
Ação de desinfetantes
Facilmente inativado pelos solventes de gordura, tais como clorofórmio e éter. Instável em soluções contendo baixas concentrações de detergentes, pois rompem o envelope com liberação de partículas não infecciosas da nucleoproteína com consequente perda de infectividade.
À temperatura ambiente, soluções contendo cloro a 0,03% destrói o vírus da PRRS em 10 min, contendo iodo a 0,008% destrói em 1 min e, no caso da amônia quaternária, a 0,006% em 1 min.
Protocolos de descontaminação envolvendo secagem e fumigação, com solução de glutaraldeifo e compostos desinfetantes de amônia quaternária clorada, inativam o vírus da PRRS em salas de parto e veículos de transporte em condições de clima frio ou temperado.
Abaixo, tabela na qual constam principais classes de desinfetantes:
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