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As enzimas exógenas que degradam PNAs são uma oportunidade para melhorar o aproveitamento da energia do alimento pelo aumento da digestibilidade dos nutrientes da dieta.
Mais que energia: uso de ROVABIO® para otimizar a digestibilidade dos nutrientes da dieta
Os cereais são uma fonte importante de energia na alimentação de suínos. No entanto, estes também são abundantes em fatores antinutricionais como os fitatos e os polissacarídeos não amiláceos (PNAs).
A fitase é amplamente usada na indústria animal para a quebra do fitato, liberando principalmente fósforo para o animal.
Os PNAs não são digeridos eficientemente pelos suínos e, apesar de terem uma grande capacidade fermentativa no intestino grosso, esta é menos eficiente para a obtenção de energia do que a hidrólise enzimática que ocorre no intestino delgado (Noblet and van Milgen, 2004; Noblet et al., 1994).
Nesse sentido, as enzimas exógenas que degradam PNAs são uma oportunidade para melhorar o aproveitamento da energia do alimento pelo aumento da digestibilidade dos nutrientes, permitido também a redução do custo da ração.
Considera-se que 20 a 25% do alimento é indigestível, sendo essa fração constituída por fitato e PNAs. Em especial, os PNAs reduzem a digestibilidade do alimento devido ao:
Conhecer a composição de PNAs dos ingredientes é importante para quantificar sua fração indigestível, sendo possível estimar a quantidade de substrato disponível para a ação das enzimas.
O uso estratégico de enzimas exógenas responsáveis por degradar os PNAs, em especial as xilanases e enzimas desramificadoras – arabinofuranosidades (ABFs), melhoram a digestibilidade global do alimento, sendo este efeito conhecido como Feedase.
Esta melhora global só é possível pois as enzimas ABFs atuam liberando as arabinoses presentes nos arabinoxilanos (principais PNAs dos alimentos), permitindo o acesso das xilanases no esqueleto da xilose e potencializando sua ação.
Esse efeito sinérgico entre as enzimas resulta na ruptura da parede celular, expondo os nutrientes enjaulados, até então indisponíveis, à ação de enzimas endógenas, não apenas melhorando aproveitamento energético do alimento, mas também de aminoácidos, lipídios e minerais (Figura 2).
Por isso, o uso de Rovabio® permite a formulação de dietas considerando não somente as contribuições de energia, mas também de aminoácidos digestíveis e minerais, como o fósforo disponível.
Estudo mostra a melhora da digestibilidade de proteína, gordura e cálcio com uso de Rovabio® Advance, além de uma melhora na digestibilidade da energia positivamente relacionada aos níveis crescentes de arabinoxilanos (Sun et al, 2019; Figura 3).
Outro achado importante foi a melhora nos coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos. Em geral, foi observado um aumento de 82 para 85% (Figura 4).
O efeito global na melhoria da digestibilidade da ração é potencializado quando a multienzima possui também fitase.
Suínos alimentados com dietas reduzidas em 3 ou 5% de energia líquida e aminoácidos digestíveis acrescidas de Rovabio® Advance Phy apresentaram o mesmo desempenho que animais alimentados com a dieta sem redução nutricional (Jerez-Bogota et al, 2020).
A manutenção do desempenho animal com a redução nutricional só foi possível devido a ação das enzimas na melhora da digestibilidade de energia e nutrientes (P<0,05) (Figura 5) .
Comportamento similar foi observado em experimento com redução de 74 kcal/kg de energia líquida, 7% de aminoácidos digestíveis, 0,134 pontos de fósforo digestível e 0,119 pontos de Cálcio em dietas para suínos de 25 a 135 kg (Huang et al., 2021).
Este estudo também mostra a manutenção da conversão alimentar com o uso de Rovabio® Advance Phy (P>0,05), assim como melhora na digestibilidade de proteína, gordura, cálcio e fósforo (P<0,01).
Os estudos apresentados mostram a eficiência do uso de Rovabio® Advance na melhora da digestibilidade e na manutenção do desempenho produtivo, sendo estes efeitos ampliados com a associação de fitase (Rovabio® Advance Phy).
O uso desta tecnologia permite a utilização de matérias-primas alternativas com maiores teores de PNAs e fitatos, o que poderá auxiliar na redução do custo das rações sem comprometer o desempenho animal.
Conhecer a fração indigestível do alimento permite entender seus efeitos antinutricionais e também a possibilidade de ação das enzimas exógenas.
O conceito de feedase mostra os benefícios da ação simultânea de enzimas como ABFs e xilanases em um substrato complexo, melhorando a digestibilidade global do alimento.
Esta melhora é observada não somente em relação à energia, mas também em relação a digestibilidade de proteínas, seus aminoácidos e demais nutrientes presentes no alimento.
A aplicação do conceito feedase proporciona um melhor aproveitamento dos ingredientes, assim como benefícios econômicos, tanto no custo da ração quanto na produtividade dos suínos.
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