13 jan 2021

Santa Catarina amplia em 35% as exportações de carne suína em 2020

Em 2020, o agronegócio catarinense teve um aumento de 35% no faturamento com os embarques do produto, chegando a US$ 1,2 bilhão. Esse é o melhor resultado da história. Confira aqui os dados de mais um recorde da suinocultura catarinense!

Santa Catarina amplia em 35% as exportações de carne suína em 2020

Maior produtor nacional de carne suína, o estado de Santa Catarina segue ampliando mercados e consolidando sua presença internacional. Em 2020, o agronegócio catarinense teve um aumento de 35% no faturamento com os embarques do produto, chegando a US$ 1,2 bilhão. Esse é o melhor resultado da história. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

 

“Esse resultado demonstra a força do agronegócio catarinense, que é um dos motores que impulsionam nossa economia diversificada. Com o esforço do Governo do Estado, das indústrias e produtores, conseguimos um bom desempenho mesmo em um ano de pandemia”, destaca o governador Carlos Moisés.

O secretário adjunto de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, destaca que o agronegócio de Santa Catarina teve importantes conquistas em 2020, principalmente na suinocultura, e faz projeções otimistas para este ano.

“Com muito trabalho, superamos a barreira de US$ 1 bilhão com as exportações de carne suína e esse é um volume de negócios muito interessante para Santa Catarina. Em 2021, apesar da alta nos preços dos insumos, a carne suína continuará favorável e nós seguiremos acessando mercados e aumentando o volume de exportações”.

Ele ainda acrescenta: “Temos que comemorar e ter muita responsabilidade para continuar mantendo nossa cadeia produtiva operante, rentável, gerando emprego e renda para os produtores rurais em todo o estado”. 

No último ano, Santa Catarina embarcou mais de 523,3 mil toneladas de carne suína com destino a 67 países. Principalmente China, Chile, Hong Kong e Japão. O estado respondeu por 52% do total exportado pelo Brasil, ou seja, mais da metade de toda carne suína vendida pelo país é de origem catarinense.

O bom momento da suinocultura catarinense se deve, principalmente, a dois fatores: estado ser reconhecido pelo cuidado extremo com a saúde animal e a demanda crescente da China por proteína animal.

China segue como maior mercado consumidor 

A China responde por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína em 2020. A venda do produto para os chineses trouxe um faturamento de US$ 740,2 milhões, 76% a mais do que no ano anterior.

A alta demanda chinesa é reflexo da peste suína africana, doença que dizimou boa parte dos plantéis e fez com que o país buscasse outros fornecedores. “Embora a China esteja recuperando rapidamente seus plantéis suínos, a expectativa é de que em 2021 ainda se registrem incrementos em termos de valor e quantidade exportados para aquele país”, destaca o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl. 

Bom momento para os suinocultores

A alta nas exportações impactou também a rentabilidade dos produtores de suínos em Santa Catarina. Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz De Lorenzi, o aumento nos embarques e a valorização do dólar fizeram com que indústrias, cooperativas e suinocultores saíssem ganhando.

“Foi um ano muito positivo e histórico para a suinocultura. Esperamos que em 2021 também tenhamos essa exportação sempre em alta para continuarmos com rentabilidade e investindo no bem estar animal e na sanidade dos nossos planteis”, ressalta.

Aumento nas vendas para mercado premium 

Com um status sanitário diferenciado e reconhecido internacionalmente, Santa Catarina ampliou a venda para mercados considerados premium: Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Esses países são conhecidos pela alta exigência e também pela compra de produtos mais nobres.

O Japão, por exemplo, passou a ser o quarto maior destino das exportações catarinenses com US$ 43 milhões de faturamento – 108% a mais do que no ano anterior. As vendas para os Estados Unidos tiveram um aumento de 57% nas receitas. 

Vale ressaltar que Santa Catarina possui um status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.

O estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.

 

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.

 


Relacionado com Exportações
Sectoriales sobre Exportações
país:1950

REVISTA SUÍNO BRASIL

Inscreva-se agora para a revista técnica de suinocultura

EDIÇÃO suínoBrasil 3º TRI 2025
Colibacilose pós-desmame: Quando a comensal se torna patogênica

Colibacilose pós-desmame: Quando a comensal se torna patogênica

Izabel Cristina Tavares Ygor Henrique de Paula
Riscos ocultos na ração: O impacto da zearalenona na fertilidade suína

Riscos ocultos na ração: O impacto da zearalenona na fertilidade suína

Cândida Azevedo
Saúde dos cascos da fêmea suína

Saúde dos cascos da fêmea suína

Ton Kramer
MaxiDigest® Swine: Nutrição de Alta Performance para Suínos

MaxiDigest® Swine: Nutrição de Alta Performance para Suínos

Fernando Augusto Souza
Aurora Coop além do Brasil: os bastidores da internacionalização com Neivor Canton

Aurora Coop além do Brasil: os bastidores da internacionalização com Neivor Canton

Neivor Canton Priscila Beck
Avaliação do uso de Flavorad RP® em granja comercial: efeito sobre o desempenho reprodutivo

Avaliação do uso de Flavorad RP® em granja comercial: efeito sobre o desempenho reprodutivo

Beiser Montaño Diego Lescano Ronald Cardozo Rocha Sandra Salguero
Uso de DDGS na nutrição de suínos: potencial nutricional e impactos no desempenho animal

Uso de DDGS na nutrição de suínos: potencial nutricional e impactos no desempenho animal

Alex Maiorka Brenda Carolina P. dos Santos Juliane Kuka Baron Maria Letícia B. Mariani Simone Gisele de Oliveira
Influenza Aviária: Qual a ameaça para a suinocultura brasileira?

Influenza Aviária: Qual a ameaça para a suinocultura brasileira?

Janice Reis Ciacci Zanella
O uso de fitobióticos na produção de suínos

O uso de fitobióticos na produção de suínos

Geferson Almeida Silva José Paulo Hiroji Sato Jovan Sabadin Lucas Piroca
Qualidade do ar em granjas de suínos

Qualidade do ar em granjas de suínos

Cristiano Marcio Alves de Souza Filipe Bittencourt Machado de Souza Jéssica Mansur S. Crusoé Leonardo França da Silva Victor Crespo de Oliveira
ABCS lança manual de bem-estar que aproxima a legislação da realidade nas granjas

ABCS lança manual de bem-estar que aproxima a legislação da realidade nas granjas

Charli Ludtke Nina M de Oliveira Priscila Beck
Tecnologia europeia de liberação dirigida de zinco chega ao Brasil, adaptada às dietas e desafios locais

Tecnologia europeia de liberação dirigida de zinco chega ao Brasil, adaptada às dietas e desafios locais

Juliana Réolon Pereira Priscila Beck Zoé Garlatti
Intestino saudável, granja lucrativa: os pilares da nova suinocultura

Intestino saudável, granja lucrativa: os pilares da nova suinocultura

Cândida Azevedo

JUNTE-SE À NOSSA COMUNIDADE SUÍNA

Acesso aos artigos em PDF
Informe-se com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente na versão digital

DESCUBRA
AgriFM - Los podcast del sector ganadero en español
agriCalendar - El calendario de eventos del mundo agroganaderoagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formación para el sector de la ganadería