A demanda interna crescente e muito forte por soja no Brasil deu espaço para um aumento considerável das importações do país, principalmente do Paraguai, e o movimento vem se confirmando. Entre janeiro e 15 de agosto, as importações da oleaginosa já somam 445 mil toneladas e devem encerrar o mês com 500 mil e até um […]

A demanda interna crescente e muito forte por soja no Brasil deu espaço para um aumento considerável das importações do país, principalmente do Paraguai, e o movimento vem se confirmando. Entre janeiro e 15 de agosto, as importações da oleaginosa já somam 445 mil toneladas e devem encerrar o mês com 500 mil e até um pouco mais. Em todo ano de 2019, o Brasil importou cerca de 150 mil toneladas do grão paraguaio.
“Os embarques estão fluindo, mesmo com dificuldades”, explica Esther Storch, Diretora Sócia da DASAGRO – Corretora & Consultora de Agronegócios, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira (25). “A procura tem sido grande por soja paraguaia e novas operações têm saído. Sempre é uma questão de preço, prazo de pagamento, ritmo de embarque e dentro dessa estrutura, quem tem hoje ainda soja para vender, principalmente na fronteira, faz essa análise de exportação para o Brasil e dentro de um número coerente ela é bastante viável”, completa.
Além das questões de oferta e demanda, logística e ritmo, a questão cambial também está no centro da comercialização da soja entre Paraguai e Brasil.
E assim como acontece no Brasil, a pouca oferta remanescente no Paraguai tem sido duramente disputada entre a exportação e a indústria processadora local, principalmente com a soja que está mais próxima da fronteira com o Brasil. “A fronteira fica distante cerca de US$ 20,00 de frete e isso faz com que a originação acaba sendo perdida pela indústria local e elas acabam se assustando, com medo de perder os lotes, mas tudo acaba se ajustando”, explica Esther.
Assim, a média da soja disponível no porto de Assunção tem cerca de US$ 375,00 por tonelada, o que resulta em US$ 345,00 para o produtor. Os preços subiram consideravelmente nos últimos meses diante dessa disputa, além das altas na Bolsa de Chicago e “já vale mais do que há um mês, mas os produtores aproveitaram bem e a comercialização segue em boa escala, com cerca de 95% da safra paraguaia comercializada”, explica a analista.
Esther explica ainda que a Argentina, que é o maior mercado da soja paraguaia, também começa a voltar mais frequentemente ao produto do Paraguai depois de se mostrar travada nos últimos meses.
A especialista acredita que o país feche 2020 com exportações de cerca de 6,5 milhões de toneladas e processamento de 3,5 a 3,7 milhões de toneladas.
Além da soja, ela destaca ainda que as exportações de milho do Paraguai para o Brasil também vai ganhando mais ritmo, ao passo em que a safra – que sofreu um atraso no plantio e, consequentemente da colheita – vai se mostrando mais disponível. A estimativa é de que as importações brasileiras de milho alcancem cerca de 1,4 milhão de toneladas, número em linha com o volume de 2019.
Fonte: Notícias agrícolas.
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